No segundo dia do Innovation Experience CSS, na Cidade da Saúde e do Saber, um painel sobre “O Futuro da Saúde”, que contou com a presença do Antônio Brito, diretor executivo da Associação Nacional de Hospitais Privados (ANAHP), Mara Machado, CEO do Instituto Qualisa de Gestão e Daniel Porto, superintendente geral da Santa Casa de Misericórdia de Passos.
De acordo com Antônio Britto, a saúde é um projeto de longo prazo. “Posso afirmar que o drama desse país não é onde falta dinheiro, mas sim, os lugares que desperdiçam mais do que falta. Os problemas dos hospitais do Brasil não estão da porta do hospital para dentro, mas sim, da porta para fora”, afirmou. Além disso, para ele, o problema da sociedade é a impossibilidade política. “A nossa adversidade é a impossibilidade política de fazer andar o que tem que andar na área da saúde. Nós caímos em uma espécie de pantanal no qual não nos libertamos”, disse.
Segundo o diretor, a população da cidade de Passos deveria ter orgulho da Santa Casa. “A Santa Casa do município é um animal que temos que acompanhar bem de perto pois o trabalho que é feito lá, deveria ser motivo de orgulho para a comunidade”, finalizou.
Para Mara Machado, novidades deverão ser descobertas no futuro. “Tivemos uma ruptura muito séria nesses últimos dois anos e nós precisamos encontrar um novo caminho para manter a sustentabilidade desse sistema. Atualmente, é necessário determinar a governança da qualidade e trabalhar em cima do que é realmente o propósito da saúde. Se ela é de qualidade se não for para todos”, salientou. “Ocupar leitos não é a melhor alternativa de qualidade, o que nós precisamos é desenvolver a saúde e o bem-estar da população, uma vez que os hospitais vão ter que sair das suas paredes e começar a enxergar a saúde de uma maneira diferente, e precisamos pensar na sociedade 5.0, que traz o propósito de humanizar a tecnologia” disse.
De acordo com a CEO, a saúde é uma questão de governança. “Falar de saúde nessa condição de infraestrutura é repensar o quanto é que avançamos antes dessa ruptura. Está na hora de realmente pensarmos em como integrar saúde de qualidade para todos, pois enquanto estivermos trabalhando com uma minoria, não estaremos lidando com saúde de qualidade”, finalizou.
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